Brasil, meu Brasil brasileiro,
O que tens feito com teu mulato inzoneiro?
Este que vive de samba e pandeiro,
E mata a fome como pedreiro, jamais como engenheiro.
Brava gente brasileira,
Com braços fortes conquistastes o penhor da igualdade,
Agora sonhas com a terra estrangeira,
E parte para sentir, da mãe gentil, saudade.
Chega de esperar pelas grandezas que espelha teu futuro,
É hora de dar presente a quem nunca teve passado,
Não podes mais esconder teu filho pobre no escuro.
Devolve-me o afeto que me levas deste peito juvenil,
Reparte, sim, o bolo desta terra sem fado,
À amada terra do Brasil.
Edson O. Silva
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