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| Poesias-->Estrela da manhã -- 02/07/2005 - 13:00 (Hamilton de Lima e Souza) |
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Não é bem poesia, mas é.
Levanta o homem, levanta a areia do deserto.
Levanta o sol, ainda flertando com a estrela da manhã que orientou a caravana.
Um tuareg mais afoito briga com o camelo.
Tâmaras sobre a pequena mesa enfeitam a tenda.
A água do oásis sacia a sede dos camelos.
Um leve soprar de vento vindo do norte traz esperança de serenidade.
A estrela da manhã continua o flerte com o sol, porém se afasta.
Ela sempre se afasta, deixando o sol com saudade.
Um raio intenso invade a tenda.
Nômades falam alto, brigando com os camelos.
Tuaregs das letras despedem-se das letras novamente.
O sol toma espaço.
Logo mais a estrela volta. Logo mais vai embora.
Uma saudade. Um amor impossível. |
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