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Poesias-->DIÁRIO SEM AUTORIA -- 08/07/2005 - 21:19 (ANTONIO MIRANDA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DIÁRIO SEM AUTORIA



Poema de Antonio Miranda





Espasmo. A esmo, resvalando pelas calçadas

numa versão anódina e anônima:

sim, eu me nego, eu me confesso

inexistir nas entrelinhas do discurso.



Para início de conversa, está bem.

No decurso de um despistamento

e sem maior convicção ou mesmo fé.

Sem nenhum convencimento.



Melhor assim, tanto faz.



Escondido debaixo da escada

ou guardado numa gaveta

descanso uma ossatura

de peças pré-moldadas.



Você é que se refugia em certezas

enquanto eu afundo no colchão

desabitado de mim, mas assustado.



O mundo está explodindo

sob o peso das palavras:

há terroristas no Concílio

e veneno na merenda escolar.



Há um penetra na reunião do G-8

onde discutem a, algo assim ou

a próxima, vão lançar um comunicado.



Acabam de destruir um meteoro

ou foi um ônibus em Londres ou em Bagdá.



Eu, falando para os seres inanimados.

Nu, na fotocópia. Tranqüilo. Impávido.



Não me chamem por meu nome

que já não me reconheço

desvestido de gravatas e sentidos.



Estou exilado e sem endereço

buscando algum sinal mais adiante:

aqui é impossível.



Sem cabeça, à deriva

renomeando objetos. Um pássaro fálico. Fugaz.

Corpos dilacerados, idéias extremadas.



Acho que por hoje basta.





(6 de Julho 2005, depois das explosões das bombas em Londres)

Outros poemas de Antonio Miranda na página www.antoniomiranda.com.br



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