Voz que cala,
Sombra da noite,
Luz do meu dia,
Revela-te,
Quem és?
Mas ficas mudo,
Não dizes uma só palavra...
E nesse silêncio
Eu te descubro,
Pois és o homem
Com quem tanto sonhei.
Passo as vinte e cinco horas contigo
Em pensamento, sonho e espírito
E na cama me consumo
Só para ti.
Pressinto quando estás perto,
É inevitável,
O teu aroma
Ou tua voz ao meu ouvido,
Inconfundível como sempre,
Dizendo-me: " Eis que chego!"
Preciso ver-te, tocar-te
Falar-te tantas coisas,
Pois minha voz também cala.
Um dia lerás tudo o que escrevo,
Aí saberás quem sou
E o que penso...
|