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Poesias--> -- 11/07/2005 - 01:44 (Adolfo Henrique) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
EU



Raiva

Ira

Ódio

Fúria



Sentimentos negativos em conflito

Num embate interno, invisível

Uma bomba-relógio em contagem regressiva

Cujo estopim é uma incógnita

Explodindo dentro de um vazio que se inunda



De loucura

Insanidade

Sandice

Demência



A perda da consciência

Fazendo vir à tona o animal

Uma anomalia da natureza...

Talvez um trator, que devasta tudo à frente

Que só se desliga quando tudo está em ruínas



Agora só resta dor

Sofrimento

Amargura

E arrependimento



A consciência, que parecia inexistente, agora recobra sua forma

Porém inchada, pesada como uma bigorna

Que precisa ser carregada sobre os ombros

Mas toda penitência tem seu fim



Sobra o cansaço

Mental

Físico

Espiritual



Mas é bem-aventurado aquele que chora,

Mesmo que num rompante de ódio ou dor,

Pois será consolado

E, depois que a tormenta que nos atormenta se vai,

O brilho do sol é sempre mais radiante

Afinal, tudo é um círculo

Um ciclo. Que se abre... e se fecha.
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