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Cronicas-->Ai... Rómulo... Em português... Nem imitações... -- 01/09/2003 - 15:42 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Eles não sabem que o sonho..." Que pena !...

Todos os dias, à boca dos olhos, aqui saboreio lautos e apetitosos nacos de prosa. A excelência narrativa precede de esmerada confecção literária e de excepcional urdidura semàntica em opíparos conteúdos, capazes de colocar nas asas dos anjos qualquer cego que tivesse a dita de escutar tão deliciosa leitura ou por si deslizasse emotivamente com seus dedos sobre os ponteados de braille. Viçosos prados, pois, de aprazíveis e coloridos momentos em florescentes letras.

Tão distintos e eficazes autores-escritores mereceriam indubitavelmente a notoriedade dos grandes escaparates livreiros. Por isso mesmo lhes reconheço toneladas de razoabilidade logo que se queixam da amarga e inepta plebe, de entre a qual eu próprio, que por aqui anda a fingir que escreve e tão só incomóda e obstrói as mentes que carecem de preciosa tranquilidade para se inspirarem e exprimirem.

 Na linha das pérolas preciosas em literatura portuguesa, ocorre-me tomar um poema de António Gedeão, falecido professor liceal de físico-química, para que assim não perturbe e moleste com as minhas aziagas aberrações escritas o espírito dos lídimos escritores deste exuberante sítio intelectual.

Pérola?!... Sim, pérola ainda dentro de nédia ostra, versos de engenhosa e douta simplicidade, portentoso e suavizante grito contra o ritus xenófobo, clamor pelo qual denodamente se batem os insuperáveis estrategas usinais no domínio fluente das palavras.

Lágrima de Preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado
do outro e de frente
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos
as bases e os sais
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio
experimentei ao lume
de todas as vezes
deu-me o que é costume

nem sinais de negro
nem vestígios de ódio
água quase tudo
e cloreto de sódio.

Escrito em 24.02.1997
António Gedeão

Ódio... Meu irmão
Negrura tremenda
Que não tem emenda
Ou semi-solução

Que desilusão
Ler em português
A inveja soez
Meter compaixão!...

Estes últimos oito versos, parece-me, foram agora mesmo escritos por mim, pejado de despeito por não conseguir alcançar os sublimes arroubos dos sábios poetas que aqui se entronizam com leal e valorosa dignidade. Ai... Rómulo... Em português... Nem imitações. Confrange, dilacera... E a percentagem no compacto lusófono deve ser de arrepiar os guisos da pandeireta...

Torre da Guia

PS = Claro... Sem equívoco, este trabalho é especialmente dedicado à erudita dozena do lídimo grupelho de "chateadores" da Usina, indubitáveis amantes de sua "querida mãezinha". 

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