Vem, amor, bem de mansinho,
Devagar, devagarinho,
E põe a tua mãozinha,
Tão delicada mãozinha,
Nesse largo peito meu,
Hoje triste peito meu.
Pois como o tempo que passa,
Um frio vento sem graça
Gelou o quente arcabouço,
Transformando em negro fosso
A morada , o rincão
Do meu pobre coração.
Mas uma voz ao meu ouvido
Jurou já ter aquecido
Outro frio coração
Com o calor da tua mão.
Eis porque ouso implorar:
Se não podes dar-me a mão,
Aquece meu coração
Com o calor do teu olhar.
Don Juan D Álamo, em qualquer tempo.
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