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Poesias-->Canto a uma América sem fronteiras -- 02/08/2005 - 11:43 (Rodrigo Alves de Moraes Arruda) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Minhas palavras frias

não dignificaram tua luta.



Não foram suficientes

para elevar teu justo brado

a esse meu canto

de nossa mesma terra,



mais tua que minha,

a tua é vivida,

a minha é nua, em branco,

tu a andas enquanto eu a canto,



e o canto é sempre mais leve que o passo.



Tentei dar a minhas sílabas

a tônica de tua trajetória,



trajeto de projetos e sonhos de trabalho,

sonhos de homens irmãos

compartilhando pãos e terras.



És talvez mais inocente que eu,

seria tolo se esse posto não fosse meu,

mas tua inocência é falsa crença

de quem não tem escolha,

quando acreditar no que falta

é tudo o que resta.



Não sabes que

Esquecem de teu direito,

há leis onde haveria o abraço,

regras ao invés da liberdade

que encontra um homem em seu campo.



Não sabes até chegar aqui,

e aqui o que adianta saber?



Queria falar tudo isso,

mas sou jovem e tolo,

pouco sei de teu sangue,

pouco sei de tua lágrima.



Pouco sei de teu esforço,

pouco sei de tua lástima.



O pouco que sei li nos livros,

nas páginas esquecidas no pó das estantes,



o pouco que pouco fala,

pouco em palavras frias,

palavras lidas que lidam

com os que apenas as lêem

e não te vêem as escrevendo.



O calor desse instante interminável de tua gente

que caminha pé ante pé

rumo ao sonho infrutífero

gente como eu somente imagina.



Será a imaginação o sol das coisas,

a luz que falta às idéias?



Penso que és meu irmão,

viemos todos da mesma calúnia,

enfrentamos todos a mesma merda.



Somos filhos da mesma miséria,

tu com a tua, eu com a minha,

a minha por saber da tua,

a tua por ser mais sofrida.



Tenho que crer em ti

para crer em mim.



Acredito em nós

como quem não tem escolha,

quando acreditar no que falta

é tudo o que resta.









(Obra registrada)

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