Pablo, em teus cem
minha terra faz 450.
Em suas avenidas
corre teus rios.;
em suas fontes
tuas lágrimas.
Porque nelas crianças dormem
soltas, embaladas pela noite
desnuda de estrelas.
Mas teu verso, Pablo,
é mais alto que a vista,
mais denso que o frio.
O vento recita tua sílaba,
a água borbulha teu nome.
Morreste, Pablo, e a terra alimentou-se de tua cinza.
Brotas agora, nos protegendo…
És as árvores frondosas de minha mãe.
O pão que se partilha em bondade,
O abraço da noite no menino ao frio.
A perseverança dos que se buscam
apesar da perdição do mundo.
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