Quantos devaneios
por este ciúme, que me consome?
Sufoca-me, conduz-me ao inconsciente,
leva-me a dores constantes.
Chama-me a vontades dispersas,
domina-me e me faz tão frágil,
tal qual um poema, de amor
em noite de lua cheia.
Enfraquecendo-me os membros,
escurecendo-me a alma,
transformando-me em “outro”,
tal a brutalidade de sua força.
Tal a falta de sentido, de escolha,
de razão, que tolhe o coração,
Transformando a força do amor
Em ódio desmedido e insano.
Sem fronteiras e sem rumo,
somente a dor latente,
a vontade maquiavélica e
masoquista de se isolar e sofrer.
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