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Sob todos os aspectos o ser humano é um inconformado. Alguns se reciclam (alguns deveriam literalmente), medem as conseqüências do que diz, a quem se dirige e se reorienta buscando compreender as próprias limitações, e a partir desse equilíbrio recomeça entendendo que foi e sempre será aprendiz, outros partem a principio idealizando coisas que com o passar do tempo conquista em parte, ou não conquista. O meio termo das condições impostas pela falência das próprias buscas, o não resultado daquilo que idealizou é frustrante quando se vê no pedestal criado só por ele e não há reconhecimento, e, quando pouco, esparsos aplausos interessados em algum retorno, a troca, a propina moral. Quando acontece isso que normalmente é intitulado "derrota", passa a mealhar com subjetividade resultados alheios para se promover e até mesmo provar pra si mesmo que não se deixou derrotar, o que, no entanto, está demonstrado, quando do nada surge autoafirmando-se grande em alguma área que não terá que provar eficácia. Redundantemente sem que o saiba declara-se um derrotado.
Pseudointelectuais vazios de contexto abrem aleatoriamente o dicionário não para propagar o que a princípio parece propor, usam verbetes espargidos aos olhos dos internautas, traduzindo um medo descabido de algo que não se justifica, visto que não se apercebeu o mundo ao qual se pronuncia, o público a que se dirigiu, e qual a reação real, pois, há que se ter noções mínimas do ridículo, da dissimulação antipática e da agressão gratuita individualizada e, pior, indireta.
Berços podem ter oferecidos as palhas com farfalhar na busca de sonhos desde o início de muitas vidas, no entanto alguns se esquecem, ou para esquecer-se das agruras dos sonhos buscados (veja a introdução) torna-se rude e põe no choro travestido de agressão o que a grosso modo parece sensibilidade. Vergonha aprendida no machismo de tempos que ainda não se sabia e ainda não aprendeu que não se ridiculariza alguém apenas para ocultar a própria incapacidade, ou para escalar com maior facilidade os degraus do nada.
Acorda, viva e não sobreviva, antagonize o roteiro da agonia. Sorria e cresça pelos próprios méritos.
Paradoxo, eu versos tristes sou feliz,...
LUIZ ANTONIO BARBOSA
07/05/2003 |