Usina de Letras
Usina de Letras
151 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10362)

Erótico (13569)

Frases (50614)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->O Bode e a Lua -- 25/09/2004 - 19:59 (Pedro Ivo Ravagnani) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao nascer, a Lua minguava e o Sol raiara lindamente. Um privilégio seguindo de desapontamento. Mas inexplicavelmente, o Bode repelia ao Sol e exaltava a noite numa espécie de bajulação pelo astro que tornou a face em recusa à visão do seu nascimento. Queria ser reconhecido pela senhora da noite. Ignorava que essa era apenas uma subalterna do dono do dia. ignorava também as estrelas, que de tanto vê-lo sofrer em busca da maternidade dispensada pelo satélite, derramavam vez ou outra uma gota cadente.
E passava a vida com a ilusão de que a Lua enchia-se só para ele. E quando borbulhava a paixão, lembrava-se do Jorge, marido da senhora, que na semana anterior a convidara para jantar fora, ou simplesmente vislumbrar o cosmos em algum outro ponto do céu. Então ela se arrumava toda. Mas era o Seu Jorge o redentor daquela beleza. E ele então a levava em seu jumento branco, e a dama ia sumindo, sumindo, até restar somente seu lugar no firmamento.
O Bode lamuriava-se até o céu pintar-se de infinitas cores, e surgir o Sol, belo e fogoso, com um sorriso convidando seu amigo a cantar consigo. Mas, estúpido como era, o caprino ia deitar-se e fazer sua própria escuridão, sem a Lua mesmo.
E por muito assim viveu: Alegrando-se quando a Lua voltava na garupa do jumento, ferindo-se quando se ia com Jorge.
E por muito o universo viviu com o Sol entristecendo-se com Bode, com a Lua ignorando-o, com Jorge amando o cosmos e este observando e chorando de vez em quando, sem nada mais poder fazer.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui