Desde que me matriculei na Escola Municipal de Belas Artes, fundada em 1.952, sob os auspícios de nossa Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, senti que minha sina estava voltada para a Educação e Cultura. Vivi uma boa temporada falando de Artes, pintando telas,sonhando teatro e poesia. Todos os dias comentava sobre a " cisterna" em homenagem ao poeta Ricardo Gonçalves da turma do Minarete, citado na Barca do Monteiro Lobato.
O tempo correu e entre a escola de contabilidade e a de formação de professores, a literatura tomou conta de minha alma.Nesta fase áurea de estudante, bons jornais editando meus textos todos os dias, comecei a organizar entidades literárias: Grêmio de`Poesia, Academia Tiberense de Letras e a UBT... A União de Escritores, ALARP,Academia de Letras de Ribeirão Preto,Academia Ribeirãopretana de Poesia e o sonho da Academia Ribeirãopretana de Historia (86 no escritório do dr. Ruben Cione) e a Academia de Educação ( nota no jornal O Diário em 4/1/95) embalaram sempre o sonho de ativista cultural de uma cidade como esta em que nasci
Sempre achei que a criação de grupos culturais e promoção de concursos literários dão vida aos movimentos culturais. Consegui empregar bom tempo de minha vida e construir a mudança cultural da cidade. Sempre com a ajuda do legislativo e do executivo vieram leis de apoio. Hoje temos bons escritores,temos autores independentes editam e vendem sem medo.Livro é mercadoria e autor não vive de brisa.Quantas vezes, eu da geração mimeógrafo não temia por uma edição...Vendia de mão em mão. Hoje não mudou muito não.Foi encarando sempre meus sonhos que procurei amigos para fundar a casa do poeta. Já pertencia a Poebrás...Agora às portas de mais uma feira de livro sinto que minha terra é como diz seu Hino e ainda a Cantiga para ribeirão. Orgulho do Brasil.