Como poderia mentir a lua,
afirmando ter me visto em outras escadas,
se meus pés seguem suas pegadas,
se é p´ra mim seu mais belo vestido?
Precisava não ser lua, mas lunática
por não ver que sou o tempo seu companheiro,
que atraso dos relógios os ponteiros,
que sua ausência torna-me a alma sorumbática.
E se naquela noite me esperou, amor,
e eu não lhe apareci sorrindo,
Chorei longe por não ouvir seus versos lindos,
mas guardei você em meu interior.
(Armagedon - 25/5/2000, por volta de 1h05)
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