Às vezes das pessoas
Me recuo,
Acontece quando sinto
Necessidade de buscar algo
Que nem sei explicar,
Mas que sei
A resposta não está
Com os seres que se dizem humanos,
É como se houvesse um vazio
Nessa minha vaidade
Que com o passar da idade
Sempre nos leva e exigir
E transigir mais e mais,
Não sei se de nós mesmos
Ou da própria vida.
É porque sinto que devo viver
Tudo o que puder
Tão intensamente
Como se o Juízo Final
Fosse hoje!
Talvez o que busco
Seja a plena satisfação da alma,
Do ego ou, sei lá,
Do super-ego, qualquer termo
Desses aí que qualquer
Analista, talvez me julgando
Uma louca, defina
Tecnicamente minha loucura
Incomensurávelmente sana,
Os intelectuais são assim,
Tão chatos! Tudo tem uma
Explicação científica.
Essa busca é um sonho impossível
Ainda assim escrevo essas linhas,
Por mais que queira
Negar meu vazio
Sentindo nada sentir
Ainda assim sinto,
Sou livre e estou viva
Nessas linhas da vida...
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