Milagre qual graça cedido me fora,
Ousara implorar ao Senhor deste mundo,
Pudessem teus olhos ,formosa Senhora,
Enxergar no instante fugaz de um segundo,
Visão paralela de tu’álma gentil,
Qual fonte eternal de celeste carinho,
Lá, em cujo centro, tristonho, , sozinho,
Verias meu vulto, velado, sutil,
Rogando conceda, Senhora amorável,
Desvelar teu rosto, por belo intocável,
Cravando meus olhos , num gesto pueril.
Na vigília constante, espera infindável,
De ti merecer a herança adorável :
Contemplar, num instante, teu doce perfil.
Don Juan D’Álamo, 21/10/86
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