Pois venha, pedacinho de lua...
Deite-se em meu colo, gata de rua,
mergulhe em meu peito, sereia nua.
Que eu te acolho, menina.
Que me perco em ti, alma feminina,
desfaleço ante teu jeito de mulher,
sorvo teu corpo como água da mina,
deleitando-me com tua canção divina.
Não ouso, não quero te deter.
Não se prende o amanhecer.
Preciso amainar a dor, matar o cansaço,
entregue à força de teus braços,
seguindo as marcas de teus firmes passos.
Me hipnotizará como a Medusa,
me encantará por ser minha musa.
(Armagedon, 25/5/2000, por volta de 0h55)
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