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Cordel-->ISSO É UM ASSALTO! -- 03/02/2009 - 17:20 (Andarilho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131151909990693200

ISSO É UM ASSALTO!
Silva Filho



Meus amigos, não aceito
Esse tal desarmamento
Para quem inda não sabe
Isso vem do Parlamento
“Recolher ‘todas’ as armas
No Brasil – maior evento”.

Quem for um bom cidadão
Que se enquadre no projeto
Mesmo dentro do seu lar
Não deixe arma por perto
Quando o bandido chegar
Basta mostrar-se discreto.

Não qu’eu seja belicoso
Ou do fogo entusiasta
Mas não vejo coerência
Duma lei como vergasta
Que do manso toma a arma
E dos brabos se afasta.

São ações de eufemismo
Demonstrando incompetência
Ou ausência de coragem
Quando o assunto é violência
E os atalhos maquinados
Enganam por aparência.

Quem quer o crime sustar
Que o faça no contexto
Com leis duras, sem ressalvas
Sem deixar qualquer pretexto
Pra Presidente indultar
Com a pena em um sexto.

Não pra ladrão de galinha
Mas pra colarinho branco
Para quem defrauda o povo
E escapa por um flanco
Leis pra prender ‘Coronel’
Seja sadio ou manco.

Para quem provoca rombo
Nas Contas da Previdência
Para quem, com incentivos
Sem moral e sem decência
Pega o dinheiro do povo
Somente pra opulência.

Vamos dar ao réu primário
[Que já é bem escolado]
Livros do segundo grau
Enquanto está enjaulado
Pra crescer e prosperar
Vendo o sol nascer quadrado.

Para qualquer criminoso
Que se torne ameaça
O isolamento completo
E as mãos na argamassa
Pra pagar o seu sustento
E não hibernar de graça.

Quero ver o Parlamento
Dando ao povo garantia
Da mais plena integridade
Na mais ampla serventia
Pagando o carro puxado
Vida, sossego e alegria.

É questão de consciência
Que deve o povo exercer
Sempre cobrando retorno
De quem se diz no Poder
Poder que pague os danos
Que o povo está a sofrer.

Também questão da idade
Como no Primeiro Mundo
Sempre há capacidade
Para qualquer vagabundo
Responder pelos seus crimes
Sem exame mais profundo.

Hoje não há revólver
Pra proteger cidadão
Mas qualquer moleque usa
O chamado “TRÊS-OITÃO”*
Fuzis e metralhadoras
Desfilam de mão em mão.

Armas de guerra na rua
E o povo sem norteio
Igualmente a qualquer cego
No meio do tiroteio
Não há força estatal
Que consiga pôr um freio.

Ninguém recolhe tais armas
Todo mundo é conivente
Pra Imprensa mostra força
A milícia “competente”
Mas quando chega na rua
Demonstra ser impotente.

O Comando do Exército
Tem dever funcional
Conforme lhe determina
LEGISLAÇÃO FEDERAL**
Mas nada vê, nada sabe
Sobre o grande arsenal.

Enquanto isso – bandidos
Querem alvo atrativo
Treinando a pontaria
Em transporte coletivo
(Estas são balas “perdidas”)
Diz o Governo cativo.

Traficantes dão as regras
E também dão os limites
Chegar ao alto dos morros
Somente tendo convites
Do contrário ninguém entra
Muito menos dá palpites.

Isso é uma vergonha
Para quem vergonha tem
O brasileiro pacato
Já não vale um vintém
CONTRIBUINTE/ELEITOR
Do crime é um refém.

Somente encenação
Ofertam nossos Senhores
Como exímios artistas
Pintam telas multicores
E o povão sempre sedado
Já não sente suas dores.

/aasf/


* TRÊS-OITÃO = revólver calibre 38
** Lei Federal nº 10.826, de 22/12/2003, arts. 24 e 27 (Estatuto do Desarmamento).


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