E eu consigo?
( Armagedon, 8/7/2000, por volta de 15h25)
Me pede a querida um poema bem lindo.
Seria um poema dimensionando o infinito?
Porque lindo, todos sabem, é mais que bonito,
é mais que demais, incomensurável, infindo.
Um poema assim, meu bem, anjo meu,
seria um feito secular, inesquecível.
Esse dever me subjuga como fardo terrível,
pois quem o pode carregar não sou eu.
Morresse agora e tal poema ilustraria meu jazigo.
Essa é a dimensão de seu pedido
para um coração por demais corrompido.
Pois me pede o meu bem. E eu consigo? |