Não queira imaginar como é árduo este caminhar de um lado para o outro neste espaço sem você!
O barulho dos passos ecoa próximo ao meu calcanhar numa confusa imaginação me fazendo pensar ser você!
Os pés entregues ao cansaço outorgam às mãos a tarefa de terminar o dia driblando a solidão e, nesta iniciativa, insisto em calcar estas dores escritas numa porção de papel que embolo e atiro ao chão!
Indo e vindo, agora falando e repisando tantas possibilidades de alegrias, freqüento o esconderijo da minha ilúcida paixão e, plangente,inicio tudo outra vez!
Fui atender o assobio que distante chamava, nova surpresa, era o vento que insistia avisando que estava vivo e que a chuva invadia o meu espaço...
O frio aumentou a monotonia aguçando os olhos e eles, indagantes, não obtendo respostas me provocaram anunciando que era hora de trancar a solidão fora deste espaço!...
Aceitei a proposta de mandá-la embora, mas a convivência com ela me trouxe uma proximidade e me acostumando à sua presença, sofro porque ela faz barulho lá fora tentando entrar, novamente!