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Cronicas-->Calcinha Branca -- 27/12/1999 - 11:54 (Fernando Virtual) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nada mais lindo do que uma mulher com calcinha branca.

Realmente estranho como adotamos certas taras no decorrer de nossas vidas. Por vezes não sabemos dar explicações para elas. No meu caso específico, é diferente. Lembro-me como se fosse hoje. Por alguns anos após o episódio, eu nunca havia dado importància ao assunto, mas agora consigo entender o primórdio desse meu fetiche. Mas vamos a história:

Eu tinha dezoito anos, ela catorze. Naquela época existia um certo preconceito quando havia essa diferença de idades. Eu seria considerado um "papa-anjo" pelos amigos. Tinha pavor desse termo pejorativo. Estava de férias e hospedei-me na casa da mãe dela, uma senhora viúva e extremamente simpática, que sempre teve grande amizade por minha família. Iria passar cerca de dois meses por lá. A casa não era muito grande, mas era confortável. A menina se chamava Adriana e era a caçula. Tinha mais dez irmãos. Oito deles homens e sete mais velhos do que eu. Dois deles com idade para ser meu pai. Todos eles, inclusive as irmãs, de olho na caçula. Mas apenas quatro irmãos e duas irmãs habitavam aquela casa. Sorte minha.

Adriana era uma dessas meninas que não se preocupava em ser vaidosa. Por vezes parecia ser uma menina feia, e por isso nunca dei muita atenção para ela. Quando muito jovens costumamos dar atenção apenas ao que podemos ver, ao lado físico. Conheço-a desde meus treze anos e sempre a considerava uma criança.

Depois de algum tempo na casa comecei a me sentir mais do que um simples hóspede. Não poderia ser diferente, uma vez que todas as pessoas que ali viviam eram extremamente agradáveis, e eu nunca me considerei uma pessoa desagradável, modéstia a parte. Depois de algumas tentativas frustradas de arranjar uma namoradinha de verão, comecei a observar uma estranha aproximação por parte de Adriana. Sorrisos, olhares e gestos denunciavam que a fase de criança dela estava com os dias contados. Sempre que eu percebia seu interesse, começava a pensar na diferença de idades e nos irmãos dela. Nada de corresponder aos anseios da menina. Mas ela, já demonstrando seus raios de mulher, sabia como provocar um homem, ou melhor, um menino. Subitamente, ela passou a se preocupar mais com sua aparência. Suas irmãs notaram imediatamente sua mudança e começaram a brincar com ela, insinuando que ela havia arranjado um namorado. Incrível como as mulheres possuem mais que cinco sentidos. Incrível mesmo.
Após diversas insinuações e devido a sua mudança radical no tocante a vaidade, passei a observá-la com outros olhos. Adriana passava a ser uma menina bonita no meu conceito. Pele muito clara, cabelos castanhos claros e crespos, nariz arrebitado, boca carnuda e olhos muito, muito verdes. Seu corpo era bem esbelto, seus seios ainda eram pequenos e as pernas um pouco finas para o meu gosto. O conjunto completo era bom. Além do mais, dentro do bom senso, eu não poderia ser exigente demais. Eu era muito magro naquela época.

Depois de alguns dias, comecei a retribuir alguns sorrisos, sempre preocupado se alguém da casa estava percebendo. Certa vez ela olhou para mim e deu um sorriso tão maroto, que fiquei totalmente desconcertado. Ela percebeu e fez um sinal com sua mão para eu segui-la. Ela entrou num dos quartos da casa, foi para trás da porta que estava entreaberta e repetiu o sorriso de instantes atrás. Fiquei totalmente sem ação e, naquele momento, um dos cunhados dela entrou no quarto e percebeu que algo estranho acontecia. Pelo sorriso que ele deu ao sair, percebi que ele havia notado nossa intenção. Minha cabeça pirou quando comecei a imaginar que ele contaria tudo para a irmã dela, que por coincidência era a mais brincalhona. Pensei em ir embora da casa, mas não tinha para onde ir. É engraçado como transformávamos coisas desse tipo em problemas sem solução. Como era boa aquela época!

A partir daquele episódio, passei a evitar Adriana. Mas durou muito pouco. Depois que percebi que seu cunhado tornara-se um túmulo sobre o assunto, inverti a posição e passei também a assediá-la. Numa noite, quando quase todos da casa saíram, ficaram na casa eu, Adriana e a mãe dela. Enquanto a mãe ficava a ver novelas, ela foi para um sofá numa pequena sala na entrada da casa e eu, sorrateiramente, sentei-me numa cadeira em frente. Eu tinha um bombom na mão e perguntei-a se queria um pedaço. Ela fez sinal positivo. Eu coloquei o doce na boca, deixando a metade para fora, e me aproximei dela. Ao perceber minha intenção, ela fez cara de espanto, tremeu um pouco e depois ficou paralisada. Mas o que eu havia começado a fazer não tinha volta. Estava dado o beijo. Muito doce por sinal.

Começamos o namoro escondidos. Somente beijos e abraços. Não poderia ser diferente. Depois de alguns dias, meu lado animalzinho começara a mostrar suas garras. Minhas mãos começaram a percorrer "por mares nunca dantes navegados". Logicamente que ela se esquivava nas minhas investidas. Tudo parecia ser muito novo para ela. Muitas tentativas depois, ela já permitia que eu tocasse os seus seios. O silêncio dela garantia que ela estava gostando. Como não gostar?

Mas, finalmente, vamos ao escopo da história. Ficamos quase três dias sem poder trocar carícias, pois a casa se enchera de gente e continuávamos com medo de sermos descobertos. Com certo ar de inocência, Adriana me propós que durante a madrugada , eu fosse ao quarto onde ela dormia para um encontro. Espantado eu perguntei: -E sua irmã que dorme na cama de baixo? Ela respondeu imediatamente: -Ela não acorda de jeito algum, pois tem o sono muito pesado.
Só em pensar na situação eu tremia de medo, ou melhor, de excitação. A irmã da cama de baixo era solteira, vinte anos mais velha que eu e muito calada. Praticamente não era percebida na casa. Mas como resistir a um convite desse tipo? Pura adrenalina.

Eram quase duas horas da manhã. Entrei no quarto dela de mansinho. Havia uma janela com a parte superior com alguns vitrós. Através deles, vinha uma luz de uma làmpada que estava na varanda, do lado de fora da casa. Caprichosamente, essa luz iluminava apenas a parte superior do beliche. Lá estava Adriana. Ela dormia. Estava calor e ela vestia uma minúscula camisola. Estava deitada de barriga para baixo e a visão que eu tive será eterna. Uma calcinha branca, enfiadinha, deixava a mostra sua linda bunda. Não resisti e cheguei mais perto. Sua pele era incrivelmente lisa e homogênea. Nenhuma marca naquele belo local. Levemente passei a mão por aquele monumento ao prazer. Foi quando ela acordou assustada e eu tentei acalmá-la. Ouvi um grito partindo do lado de baixo do beliche. Fiquei paralisado. Depois corri para o meu quarto. Estava trêmulo e já imaginando as consequências fatais do meu ato. Depois de alguns minutos, nada havia acontecido. O silêncio que ocorreu após aquele grito, ficara permanente. Não ousei sair do meu quarto, e depois de algum tempo eu dormi.
Pela manhã, Adriana estava muito sorridente. Veio me contar que a irmã sempre tinha pesadelos e costumava gritar durante eles. Fiquei aliviado e entendi o porque do silêncio após o grito.

Passamos mais alguns dias namorando escondidos e depois eu voltei para casa. Depois de um ano, quando voltei para novas férias de verão, Adriana namorava com outro rapaz. Alguns anos depois eles se casaram e estão casados até hoje. Há quatro anos atrás ela esteve em minha cidade, a trabalho, e foi jantar lá em casa. Ficou conhecendo minha família e após o jantar fui deixá-la no hotel. Antes de sair do carro, ela beijou o meu rosto, e com aquele mesmo sorriso maroto do passado, ela me disse: -Foi ótimo rever você. Adorei mesmo.
E anos depois, ela me deixava novamente desconcertado. Saiu do carro e nunca mais eu a vi.
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