Em primeiro lugar, quero agradecer os inúmeros e-mails de apreço que venho recebendo diariamente por minha colaboração neste site. Vários usineiros inclusive se oferecendo para psicografar-me. Por essa eu não esperava, sinceramente. Muitos se confessando médiuns e dotados daquilo que eu chamo de uma paranormalidade básica para transmitir minhas mensagens. E o que mais me surpreendeu é que eles não estavam brincando ou curtindo com a minha cara. Não. Falavam sério. Mostraram-se realmente dispostos a participar desse ambiente de psicografia eletrônica, de envolver-se com a psicoliteratura. Estou passada, e muito satisfeita, não nego. Minhas palavras conseguiram atingir os corações. Até aquele coração mais empedernido de todos: o de Adolf Hitler. Sim, usineiros, recebi uma carta de amor belíssima de meu amado. Só não alcancei as alturas de um orgasmo múltiplo porque espírito não goza. Sim, sim, eu sei que ele não presta. Mas vocês sem dúvida sabem que o amor é cego, surdo e coxo, por isso chega sempre fora da hora marcada. O que fazer?, como diria Lenin.
No entanto, há outra coisa que me deixa boquiaberta. Trata-se da acirrada competitividade presente no USINA. Há autores que publicam os mesmos textos em todas as seções! Não entendo. Um discurso pode aparecer em Cordel e Infanto-juvenil! O que é isso? Assim é muito fácil realmente ser o autor mais lido do site. Espertinhos, não? Percebo também que determinados autores sofrem o que poderíamos chamar de "gelo" por parte de seus detratores. Sem querer puxar a brasa p/ minha sardinha, observei que o pseudônimo Adolf Hitler foi colocado nesta geladeira. No entanto, ele é muito engraçado. Fez umas críticas interessantes, embora esse papo de defender o Estado nacional-socialista seja puro equívoco, vergonhoso mesmo. O que quero dizer é que autores que se utilizam de nicks não são levados a sério. Por quê? Só porque não estão querendo ser reconhecidos a todo preço? Eu já disse que a ABL está com seus quadros completos. Não há vagas por enquanto, nem fardões sobrando. Por falar nisso, será que Zé Pedro é nick do Artur da Távola, gente? Milene é Lygia Fagundes Telles? Não deve ser, Dona Lygia não seria tão eticamente incorreta a ponto de declarar que "se fosse uma grande poetisa não estaria neste site". Por quê? Aqui só tem lixo? Acorda, Alice. Seus coleguinhas não vão gostar nada de saber disso. (Quem duvida, vá até "Resposta a Barauna" e veja com os próprios olhos.)
Realmente, estou chocada. Enfim, são só algumas observações sobre a face oculta do USINA, não desejo entrar em polêmica com ninguém, muito menos ficar trocando figurinhas com meus admiradores para depois me gabar disso, fazendo uma autopropaganda que só tenho a lamentar. Acho que a literatura não merece isso. Afinal aqui não é o USINA DE LETRAS? Que os textos falem por si. Cada um escreve como sabe e pode. O importante é a mensagem. Se uns gostam e outros não, paciência. Chega dessa mentalidade de concursos, afinal o nome do site não é OLIMPÍADA DAS LETRAS. Estou cansada de patrulhas, e eu falo de cadeira, pois enquanto Eva Braun já tive um bom exemplo delas ao lado do meu Fuhrer. E não foi nada bom, lhes asseguro.
Para finalizar, lamento profundamente que por aqui ainda tenha valor o dito "A propaganda é a alma do negócio". Devo ser ingênua.
