Belo Horizonte - Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) já desconfiavam, mas ontem tiraram a prova: o número de mortes por infarto ou derrame aumenta nas grandes decisões de futebol.
Ontem, apenas durante o segundo tempo do jogo entre Cruzeiro e Vasco, morreram três vezes mais pessoas do que no dia inteiro anterior ou do que no sábado passado.
Os pesquisadores indicam como causas do acréscimo de mortes, além do estresse mental e emocional, o grande consumor de álcool, o aumento da ingestão de comidas gordurosas ou tira-gostos e o fumo sem intervalo entre um cigarro e outro.
A pesquisa monitorou a enfermaria do Mineirão e o principal pronto-socorro de Belo Horizonte. Para surpresa dos pesquisadores, o aumento do número de mortes foi observado tanto no estádio quanto nas residências. "Assistir ao jogo de corpo presente ou pela televisão não fez diferença", declarou o cardiologista Nereu Flores, da UFMG.
Detalhe: o aumento do número de mortos se deu apenas entre os homens. A taxa de mortalidade entre as mulheres permaneceu constante.