Na triste parede de minha alma
Esquecido, jaz pendurado
Teimoso e valente, sozinho no tempo
O Retrato de minha vida, no quadro.
Sob a frieza de uma casa vazia
Sem moveis nem vida, só uma parede
Um corpo sem coração, abriga infeliz
Insistente e desbotado, um quadro pendente
Meu quadro desforme e incompreendido!
Estático analiso com brilho nos olhos
Afogados pelas lagrimas da desilusão
Tão recente, pelo tempo envelhecido
Sem verniz e valor, o Quadro da minha vida,
Objeto legitimo de falsificação.
(Daniel C de Calasans)
Não raro efeito de autoanálise daqueles que um dia amaram sem serem correspondidos...
dedico a M. R. |