A história permanece mal contada transbordando em euforia pelos trezentos e poucos anos da morte/vida de Zumbi dos Palmares.
Os relatos esbarram na incapacidade da socieedade de observar que os quilombos, agora transgridem nas favelas, nos sem tetos, nos sem terra, nos que tem fome. A história continua perversa privilegiando uma certa camada; ignorando reformas educacionais e agrária que possam realmente trazer uma mudança social para o imenso e pluriétnico Brasil.
O trabalho escravo, o trabalho de menores, a difrença salarial da mulher, a evasão escolar, os inúmeros sub-empregos atingem o cidadão brasileiro como explosões nucleares, dizimando uma parcela da sociedade timidamente colorida de negra, que é excluída intencionalmente das decisões gorvernamentais.
Necessitamos de novas formas, de novos Zumbis, de trezentos milésimos de segundos para que nosso futuro tenha uma realidade palpável, justa e social.
IGUAIS VALORES PARA OS HOMENS DE TODAS AS RAÇAS, DE TODOS OS CREDOS.
À África sofre com a fome, com a "involução" forçada e programada, por tratados e divisões, onde devolver as riqueezas sugadas da terra constitui prioridades a negros de todas as etnias, guerra para que a fome não os mate de dor.
Há um processo de exterminação de uma raça pela desinformação, pela não educação, pela ditadura de um mundo internet onde excluídos não comem computadores nem sentam em bancos para decidirem a sorte da sua sociedade.
Liberdade ainda que tardia, Palmares não foi um gueto, foi realidade de um descontentamento, o grito maior de liberdade, de independencia, de um estado realmente novo.
Hoje, quilombos estão encravados dentro de uma sociedade carente de auto-estima, repleta de falsa-estima recontando uma história que deixou marcas severas dentro da sociedade brasileira
Necessitamos de novos valores étnicos sociais
Necessitamos de uma Educação Pluriétnica justa
Necessitamos de participação no Estado
Necessitamos de terras
Necessitamos de Zumbis, por todos os lados
Jorge Amancio |