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Artigos-->Mais do que Palavras -- 18/08/2002 - 23:59 (A. AAA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Palavras sempre foram fortes para mim. Elas sempre me disseram mais do que eu queria ouvir, e sempre me mostram algo a mais do que eu podia enxergar. Eu sempre dei valor as palavras, mesmo algumas não valendo nada. Algumas delas no decorrer da minha existência me apunhalaram, doeram muito, e não havia remédio que as curassem. Estas foram as piores, me tornaram mais duro, mais frio, com medo de outra vez escuta-las novamente, e eu de nada podia fazer contra elas. Quando elas estavam a me martelar, minha única defesa, que por sinal, é evidente, eram minhas próprias palavras, meus pensamentos. Havia um conflito dentro de mim, uma batalha travada, entre as palavras que eu ouvi contra as que eu falei, ou as que eu pensava que eram certas. Mas eu que sempre fui acostumado a ver o lado bom das coisas, sabia que elas, mesmo que me fizessem mal naquele momento, me tornariam mais amadurecido, mais tolerante, mais aberto a outras opiniões.



Por vez as palavras também aumentaram meu ego, já me fizeram bem. Um elogio, uma palavra de duplo sentido, ou uma palavra qualquer com entonação diferente. É tudo de bom. Estas sempre bem vindas causavam um bem estar de proporções imensas, e também como as palavras que doíam, só me fizeram crescer até hoje.



Para as palavras não existe mentira. Quem consegue ver a essência delas, percebe nitidamente quando alguém mente. Eles as usam de forma estranha, as palavras soam falsas, e nada melhor de quem faz um bom uso delas embaraçar o mentiroso, questionando, jogando o nas armadilhas e lacunas de suas frases desconexas. Pode ate pensar que conseguiu enganar, mas não entende que o enganado foi ele, pois as suas palavras lhe confessaram sem ele perceber. Elas soaram nervosas, sem sentido algum.



Há quem as use em proveito próprio, são seus exploradores, e dizem sentir o que não sentem, e dizem querer o que não querem, e dizem sofrer o que não sofrem. Infeliz aquele que não diz o que realmente sente, pois a ironia do destino sempre falou mais alto, e estes exploradores, serão enganados assim como enganaram. Como as ondas, vão ao fundo e voltam a tona.



Existem também as palavras escritas, elas às vezes, parecem ser ate mais envolventes, mais diretas, mais sentimentais, e dizem tanto quanto as palavras faladas. Seria uma fala, um pensamento gravado, para que sempre que se pegue aquele papel escrito, lembre-se daquele momento, daque-le dia, daquela pessoa. É uma marca no tempo, uma marca na nossa vida.



Há palavras que não precisam ser faladas, e sim sentidas. O silêncio é um bom exemplo. É a palavra zero. E quando o silencio não diz nada, não é entendido, as palavras são inúteis.



Ainda tenho muito que aprender com elas, só o tempo, me fará usa-las de forma adequada, de forma precisa, do jeito que eu quiser, e quando eu as dominar por parte, pois por completo é impossível, eu poderei me expressar de maneira direta, livre da interpretação que eu não queira dar.



Ainda que pouco podemos usa-las ao nosso favor. Há quem saiba, usa-las como golpes desferidos de navalhas, ou leves brisas de verão. E isto é bom. É um certo domínio, mesmo que remoto. Mas deve-se ter muita atenção, pois existem pessoas muito sensíveis, e as palavras devem ser dosadas mesmo que façam mal, para não magoa-las profundamente.



Dominar as palavras é ter poder de querer fazer bem ou mau a uma pessoa, mesmo que isto te custe um preço muito alto, um preço que as vezes não compensa pagar.





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