Ontem o Fantástico, da Rede Globo, apresentou matéria sobre a divergência entre os pensamentos de um delegado policial e um sociólogo sobre como a polícia deve atuar em combate à criminalidade.
O delegado defende uma ação de força da polícia, inclusive com um alegado direito de matar, para que o crime diminua. Diz ele que os bandidos perderam o medo da polícia, e atribui o fato à ação tímida do Estado. Portanto, pelo seu raciocínio, se a polícia entrar em confronto direto com os bandidos, com armas potentes e sem trégua, estes temerão a ação policial e deixarão de lado a ousadia demonstrada nos últimos anos.
O sociólogo discorda do delegado, afirmando que os bandidos não temem a polícia porque esta se corrompeu e em muitos casos atua em conjunto com o crime organizado. Para ele, o crime diminuirá quando diminuir a corrupção policial, quando o serviço de inteligência receber prioridade para que a investigação seja séria, criteriosa, com tecnologia e o devido aparato policial, e assim inibam os seqüetros, o narcotráfico, os roubos a bancos, etc.
Há discordância em outro ponto. O delegado diz haver semelhança entre a ação do crime organizado no Brasil e as guerrilhas, principalmente a colombiana, e que o Governo brasileiro deve agir contra os bandidos da mesma forma, com os mesmos métodos utilizados pelo Governo colombiano contra a guerrilha. O sociólogo contradiz o delegado, ressaltando a evidente diferença não só entre a organização como também entre os objetivos do crime organizado e da guerrilha. Ele diz que, enquanto os guerrilheiros colombianos almejam o poder político, os criminosos brasileiros querem ampliar seu domínio, a fim de continuar traficando, roubando e seqüestrando, sem que a ação policial interfira em sua ações.
O debate está lançado; que se manifeste quem se julgar no direito, ou no dever...
P.S. Como tréplica a Félix Maier, tenho a dizer que, como todos os ultraconservadores da bizarra extrema direita nacional, ele não consegue entender a essência de minhas afirmações.
Alegar que defendo a execução sumária dos críticos de Lula só perde em delírio para a sua insistência em pensar que um ex-mecânico não pode aspirar legitimamente à presidência do Brasil.
Quem usa de deboches é ele, que ofende e desdenha gratuitamente, atitude comum aos que não sabem divergir sem ofensas e diatribes, como crianças ofendidas em sua petulância. Aliás, atitude bem presente em Ciro Gomes, talvez o seu candidato, que no afã de chegar ao poder mente descaradamente à Nação.
E se Félix afirma que não existem ex-comunistas, então, meu caro, o seu guru Olavo de Carvalho é tão mentiroso quanto os seus discípulos. Ou você nunca leu que ele um dia defendeu o comunismo?