14 usuários online |
| |
|
Poesias-->No Confessionário da Paulista -- 23/09/2005 - 19:53 (Silas Correa Leite) |
|
|
| |
Poema Inédito
No Confessionário da Casa das Rosas
Para Adoniran Barbosa e Plínio Marcos
Gigante Augusta Sampa
-Tende piedade de nós
Aqui a arte descampa
Dá-se a ouvir sua voz
Belíssima São São Paulo
-Tende piedade de nós
A locomotiva no gargalo
E consumismo logo após.
São São Paulo mon amour
-Tende piedade de nós
E o lucro assim como for
Gaiolas de seres a sós...
São Paulo de Anchieta
-Tende piedade de nós
Os totens e a falseta
De periféricos arigós
São Paulo macunaímico
-Tende piedade de nós
Pirados afrodionísicos
Líricas de blues e gorós
Linda Avenida Paulista
-Tende piedade de nós
No reduto tão capitalista
Jeans apertando no cós
Santíssima Casa das Rosas
-Tende piedade de nós
Noiteadeiros, versos, prosas
Fluem uma íntima foz
Poeta Haroldo de Campos
-Tende piedade de nós
Pobres poetas aos trancos
Tirando estrelas de pós
Aqui nesse Porta-Lapsos
-Tende piedade de nós
Poetas lusonautas devassos
Na selva de pedra de jós
.........................................
Desvairada Augusta Sampa
-Temos piedade de vós
Num poema pirilâmpada
Porta-Lapsos, forrobodós!
-0-
Silas Corrêa Leite
Primavera 2005
poesilas@terra.com.br
www.itarare.com.br/silas.htm
|
|