A primeira faz tchan, a segunda faz tchun,...
Fazer a barba todos os dias, é um verdadeiro dilema. A propósito, me estranha muito a frase "fazer a barba". A minha nasceu sozinha.
Depois tem outra, eu não faço a barba, e sim desfaço.
Agora o que mais me impressiona, é a facilidade com que nos comerciais de aparelho de barbear, os garotões "bunda de neném", fazem a barba.
Vai passando o aparelho com uma leveza incrível, se deixar vestígio nenhum de pelo.
Eu costumo ficar de 20 a 30 minutos debaixo do chuveiro para conseguir fazer a barba, e ainda saio com a cara toda cortada. Parece até que eu briguei com um gato, pô!
Os caras aparecem na televisão com uma espuma de barbear no rosto, toalhinha branquinha na cintura, físico saradão, pra que? Não é propaganda de revista pornô e nem de cueca. É só a merda do aparelho, cacete! (Digo; merda do aparelho de barba, cacete é só o desabafo).
Quando eu vejo a propaganda de aparelho com três lamina, fita hidratante e lubrificante escorregando suave pelo rosto do famigerado "garoto propaganda", fico todo animado.
Mais que depressa corro ao mercado buscar um, logo em seguida tenho que chamar os bombeiros para tirar o aparelho da minha barba.
Pensei em deixar a barba crescer, mas como tenho muito hormônio ela vai cobrir o corpo todo, e corro o risco de ser confundido com um lobisomem, e quem sabe ate ser abatido.
Tentei uma depilação com cera. Foi preciso o reboque de um trator para arrancar o papel.
Depois de tanto sufoco, resolvi procurar um especialista, o "Mr. Knife insane", um simpático velhinho de 68 anos, sendo que 45 deles foram destinados a profissão de barbeiro.
No começo tudo bem, uma boa fofoca sobre a mulher do vizinho (só pra quebrar o clima), toalha quente no rosto para amolecer os "irom vell", então começou a sessão de carpinagem facial. Depois de amolar a navalha umas 30 vezes, ele desistiu, e decidiu abandonar a profissão.
Resultado fui embora com o rosto metade barbudo e metade sem barba, que vergonha.
Eu já estava sem palpite quando tive uma brilhante idéia. Tirar proveito desse meu problema que tanto assolava a minha vida.
Deixei a barba crescer, disfarcei-me de mulher e fui embora com um circo que estava de passagem pela minha cidade.
Hoje faço a maior fama como à lésbica barbada do circo.
Obs. O "lésbica" é só para disfarçar o meu lado masculino, He, he, he,...
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