Palavra,
quando entranho em tua essência,
e te percebo mágica,
não mais sou eu.
Minha existência plasma,
Nem respirar consigo.
Não vejo mais as árvores com olhos do cansaço.
Não conto os passos até assustar-me com a esquina.
Nem percebo se ainda o tempo me atordoa.
Porque é o momento que em o momento se evapora.
É o momento que não sou mais um ser humano.
É o momento que me transformo em poema.
E a minha vida se arvora num som de flauta,
que crescendo,
se transforma em doce assobio.
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2005 |