A DANÇA DAS PEDRAS.
Celi, olhe em mim,
Veja o pesado céu plúmbeo:
Não vai chover.
Os ventos alísios que meneiam os cabelos,
caprichosamente penteados deste amigo,
Conjugam trajédias e carnavais num mesmo tempo.
Celi, o mundo acabará !
O Rio Doce que corta nossa cidade quase ao meio,
Está de cortar os olhos ao meio.
O céu é um quebra cabeças,
Ou um quebra corações ?
"Pro- réu"
Querem, os bons companheiros,
Aqui do Espírito Santo,
Com os quais dividimos ocasiões.;
Ouvir-me como canções.
Quem sabe num domingo !
O diabo é surdo e mudo.
Por enquanto,
Dentes quebrados.
Estórias no sótão.
Latitudes.
O amor,
O amor não é real.
O amor não quer dizer seu nome,
Da mesma maneira que o sol
Que declina serenamente,
Num belo horizonte,
Prosperando no sentido das Minas Gerais.
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