Por muito tempo em minha vida procurei em vão,
como Merlin, rei dos magos, pela pedra filosofal,
que transformasse em ouro, simples ferro ou latão,
como Midas, como se não fosse um mero mortal.
No crepitar das chamas da fogueira das vaidades,
bruxuleantes sombras refletidas em noites vazias,
em caldeirão fervente, em busca da eterna felicidade,
da quintessência da vida, mesmo a sabendo falsia.
Procurei-a no fausto, no luxo, no ócio, na riqueza,
em leitos macios, porém desprovidos de calor,
nas meras aparências, na efemeridade da beleza.;
Por tanto tempo a procurei, com empenho, com ardor,
Sem saber, afinal, que a encontraria com mais presteza,
Em teus braços tão próximos, em nossos momentos de amor.
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