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Cordel-->RECADO AO FUMANTE -- 13/03/2009 - 00:25 (Tarcísio José Fernandes Lopes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
RECADO AO FUMANTE


I
Porque sou ex-viciado
Hoje, tenho um ideal:
Combater um grande mal
Que já fez muito finado.
Quero ver erradicado
Esse vício tabagista.
Como sou um cordelista,
Vou usar este cordel
Pra fazer-me um bedel
Contra quem no fumo invista.
II
Ao entrar nessa campanha
Quero eu testemunhar
Que é fácil explicar
E mostrar como se ganha,
Sem lutar sem artimanha,
Desse grande malefício.
Pra parar não é difícil.
Quer provar se é verdade?
Use a força de vontade
Contra a força desse vício.
III
Fumei desde os doze anos
E até aos vinte e seis;
Parei quando, certa vez,
Eu me vi com alguns danos.
E pensei, cá, com meus planos:
- Vou parar, já, de repente.
A saúde pus à frente
E o vício, para trás.
Desde então não fumei mais,
Não sou mais um dependente.
IV
Sim, eu sei que um fumante
Quando está preocupado
Ou nervoso e estressado
Faz do fumo um calmante.
Sei, também, que, nesse instante,
O cigarro tranqüiliza,
Porém ele não avisa
Que com esse lenitivo
Faz-nos ser mais um cativo
Dum mal que não cicatriza.
V
Vejam um depoimento
De um amigo que perdi.
Nunca mais eu esqueci
O seu último momento.
Deixou como lenimento
As estrofes logo abaixo
E não assinou embaixo
Porque lhe faltou o pulso,
Mas num último impulso
Recitou-as cabisbaixo:
VI
– “Gastei muito com cigarro,
Desde minha juventude.
Fui perdendo a saúde
Com a praga dum pigarro;
Depois, tosse com catarro.
Meu pulmão ficou doente,
Respirando fracamente.
Minha vida já não gozo,
Meus impulsos já não proso,
Já nem sou mais um vivente.
VII
Sou fumante inveterado,
Reconheço a dependência.
Não controlo a consciência,
Porque sou um viciado.
Tenho um órgão mutilado
– O pulmão que, ofegante,
Desafina a cada instante;
Bota força, quando inspira;
Minha vida se expira,
Vou morrer, pois sou fumante."
VIII
Lamentei, pois, meu amigo
Não ouviu o que eu lhe disse,
Pois achou, fosse tolice
E brincou assim comigo:
– “Em meu último abrigo,
Peço, em nome de Jesus:
Ao invés de uma luz,
Ponham os cigarros meus.
E que, a mim, perdoe meu Deus,
E aos fãs da Souza Cruz.”
IX
Não sou contra o fumante,
Mas sou contra o que ele faz,
Pois não quero ver jamais
Alguém tão agonizante.
Para quem é praticante
Desse vício desgraçado,
Vou deixar o meu recado:
O cigarro é tão nocivo
Que lhe faz sentir-se vivo
Sem se ver um pré-finado.

- fim -
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