I
A mulher que me quer bem
Faz de tudo lá em casa.
Cozinhando, ela arrasa;
Na cozinha, igual não tem.
Não arenga com ninguém.
Canta bem, não desafina.
É inspiração divina
E com nada se atrapalha.
EM MEU PEITO SE AGASALHA
A MULHER QUE ME FASCINA.
II
Solidária, minha amada
Vai comigo aonde vou,
Quer estar onde estou,
Em qualquer uma jornada.
É disposta e açodada
E me ajuda na rotina.
Quando erro, me ensina
E dispensa minha falha.
EM MEU PEITO SE AGASALHA
A MULHER QUE ME FASCINA.
III
Ela tem simplicidade
Quando faz uma demanda.
Sempre pede, nunca manda,
Nem exerce autoridade.
Se não faz sua vontade
Não lamenta essa sina,
Nem ao menos recrimina
Nem tampouco desce a malha.
EM MEU PEITO SE AGASALHA
A MULHER QUE ME FASCINA.
IV
O meu gosto é o mesmo dela.
O que eu quero, ela quer.
Agradece, se eu fizer
Qualquer coisa para ela.
Se provoco uma querela,
Ela não se descompassa,
Ao contrário, me abraça
E em mim a calma espalha.
EM MEU PEITO SE AGASALHA
A MULHER QUE ME FASCINA.
V
Ela sempre se alinha
Ao meu modo de viver
E procura me entender
Quando eu saio da linha.
Como mestra é calminha
Quando aos filhos ela ensina.
Se um deles lhe azucrina
Ela nem ao menos ralha.
EM MEU PEITO SE AGASALHA
A MULHER QUE ME FASCINA.
VI
Ela é tão fascinante
Que me faz vê-la em sonhos.
Tem os lábios tão risonhos
Que lhe dão jovem semblante.
Tem um corpo exuberante
Como se de bailarina.
Anda como dançarina
E tem forma de quem malha.
EM MEU PEITO SE AGASALHA
A MULHER QUE ME FASCINA.
VII
Fosse ela, realmente,
Como nessa poesia,
Eu não sei se haveria
O amor que há na gente.
É que sou seu fã ardente
Desde quando a vi menina.
Sua fibra me ensina
Que quem quer vencer, batalha.
EM MEU PEITO SE AGASALHA
A MULHER QUE ME FASCINA.
VIII
A mulher que me deu lida
Nesta minha poesia
É a mesma que um dia
Mudou toda a minha vida.
Ela é minha querida
LISIEUX – a heroína
Que mudou a minha sina
E se fez minha muralha.
EM MEU PEITO SE AGASALHA
A MULHER QUE ME FASCINA.
