Na cabeça o ponto
Vital, as cores,
As cordas, os versos.
Na cabeça o marginal,
Caminho aberto
Para a estrada do tempo.
Na reta o rosto,
O resto do composto,
Um lugar complexo,
Onde se instala
O universo interior.
Na poesia a tumba,
Um buraco fundo
Repleto de palavras vivas
Querendo resposta
Para o mundo que
Não cabe em si.
Vago entre os sentidos,
Alimentando um sonho
Que vive em estado
Sólido.
“Sólido como o ar”
|