O PUDOR VEIO PRESTAR
QUANTO EU NÃO PRESTO MAIS.
I
No passado, as mocinhas
Se vestiam bem decente.
Não usavam transparente
Que expunha as calcinhas
Nem usavam as blusinhas,
Desnudando o corpo atrás.
Nesse tempo, um rapaz
As olhava sem pecar.
O PUDOR VEIO PRESTAR
QUANDO EU NÃO PRESTO MAIS.
II
Já a calça bem colante,
A calcinha aparecendo,
E os seios não cabendo
No decote provocante;
Um vestido excitante
Com rasgões nas laterais.
Essa moda, hoje, faz
Muita gente espreitar.
O PUDOR VEIO PRESTAR
QUANDO EU NÃO PRESTO MAIS.
III
Hoje, vejo explicitado
Coxa, umbigo, bunda e peito,
Até mesmo o “defeito"
Cabeludo ou depilado.
Essas coisas, no passado,
Escondiam-se demais
E a moça, prum rapaz,
Só mostrava, ao casar.
O PUDOR VEIO PRESTAR
QUANDO EU NÃO PRESTO MAIS.
IV
A nudez virou mercado
E se fez mercadoria.
Para uns é alegria;
Para outros, só passado.
Quem gostava do “bocado”
Que o corpo fêmeo trás
E ficou velho demais,
Veio a mim pra reclamar:
O PUDOR VEIO PRESTAR
QUANDO EU NÃO PRESTO MAIS.
- Fim -
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