BATISMO QUE ME FAZ CRISTÃO
I
Dum momento de prazer,
De amor e de carinho,
Sou aquele bom pinguinho
Que lutou até vencer.
Lá num útero fui crescer
E ao tomar forma de feto
Já sentia o afeto
No alisar da mão amiga,
Afagando uma barriga
Que me tinha como teto.
II
Se do nada fui gerado,
Pelo amor fui concebido.
Fui num ventre introduzido,
Onde gente fui formado.
Nove meses fui guardado
Em um ventre tão materno,
Que senti, no meio externo,
Minha mãe me carregando
E meu pai me afagando
Com um jeito bem paterno.
III
Porém, hoje, já nascido,
Sou ao mundo apresentado,
Ao tornar-me batizado,
Sem ao menos ter crescido,
Mas me sinto protegido,
Mesmo sendo inda pequeno,
Que o batismo é um sopro ameno
Que apagou um ser pagão
E acendeu um ser cristão
Que meu pai chamou de BRENO.
- Fim -
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