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Cartas-->Uma Poetisa Espanhola = Maria Guilherme... Bom Dia ! -- 18/05/2003 - 20:16 (Maria Irene Lopes Lança Acer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O jornal para a construção de um novo ideal = beMal


CARLOS SIMÕES > director = redactor < TORRE DA GUIA


Data: Sun, 18 May 2003 06:42:13 -0300
Para: torredaguia2003@yahoo.com.br
De: amgigarcia
Assunto: Usina de Letras - Contato do Leitor

Bom dia Senhor Antonio

Chamo-me Maria e sou espanhola mas gosto muito de Portugal, das pessoas, da lingua e sobretudo adoro o Fado. Foi escutando fados que eu aprendi um bocadinho de português.

Dirigo-me a si para solicitar seu conselho e ajuda: geralmente costumo escrever tanto em espanhol como em português pequenos contos e
cronicas. Um dia tive a necessidade de tentar escrever um fado, somente como brincadeira para mim mesma. Gostaria de mostrar-lhe os dois fados que escrevi naquela brincadeira para conhecer se, segundo sua opinião, acha que valem a pena.

Os titulos dos fados são: "Dizem do fado" e "Pequena Ternura".

Espero que goste deles. Muito obrigada pela sua atenção, esperando a sua resposta, despeço-me atentamente

Maria Guilherme

DIZEM DO FADO

Dizem que o Fado é pranto
Dizem que o Fado é dor
Eu digo que é mais encanto
Quando me canta o amor.

Tem a ternura dos beijos
Uma alegría no ar
Tem certeza em desejos
Quando canta sem falar.

Dizem que o Fado é pranto
Eu digo que é mais que amar.

Já não há choro dormido
Já não tem culpas na mão
Sei que vai estar comigo 
Cantando-me à solidão.

Guarda à vida confiança
Deixa um cheirinho ao passar
E traz consigo a esperança
Quando sonha a cantar.

Dizem que o Fado é pranto
Eu digo que é mais que amar.

É da cor de um azulejo
É da cor do riso teu
Tem as imagens do Tejo
Quando ouve o canto meu.

Dizem que o Fado é destino
Que ninguem pode mudar
Por isso é tão divino 
Quando o sinto a cantar.

Dizem que o Fado é pranto
Eu digo que é muito mais,
Muito mais
Do que amar.

Maria Guilherme

PEQUENA TERNURA

O mundo esta cansado de não viver
de calar na solidão o seu sofrer
tudo passa de longe no coração.
Nem sequer o aroma das rosas
vai lembrar-se das pequenas coisas
que  nos fizeram enternecer de paixão.

Mas hoje vem de novo um beijo teu
a deixar-me no cabelo estrelas do céu
e quero brincar na primeira luz do dia.
Cantar, rir, sentir no rosto o vento
é dizer que não hà limites no tempo
quando o coração é quem nos guia.

Que vou fazer com a mulher que sou
se não tenho ternura no que dou
se não procuro a beleza da alma
Onde vou despertar os gestos dormidos
de quem fazia doçura dos ais perdidos
e diante deste Fado se  desarma.

Agora que chega a serenidade
e num só olhar esta a eternidade
a pequena ternura é quem me abriga
Apenas uma dor hà nos meus ais
sería quiçá não ter amado mais
agora que vou dizer adeus à vida.

Maria Guilherme

Maria... Bom Dia... Sempre Bom dia...
Que bonito... Que alegria...
Uma mulher espanhola
Sentir que o Fado consola
A sua própria tristeza...

Maria... Que harmonia e magia
Que estupenda alquimia
Espanhol e português
Unidos mais uma vez
Com beleza e singeleza.

É pois, Maria, com seu tão agradável e-mail, a primeira e bem justa convidada de "beMal", cujo mentor recebe sentidamente comovido o seu esplêndido português escrito, tanto mais ainda porque aprecia Fado.

Se acho que valem a pena os dois poemas que apresenta? Vou fazer de imediato as melhores diligências para que no mais curto prazo possível tenha o prazer de ouvir seus versos cantados por uma fadista portuguesa. Após uns pequenos toquezinhos, como constatará, o seu "Dizem do Fado" irá passar em boa voz.

Uma interrogaçãozinha: porque não vem a Maria participar na Usina de Letras?!...

Um luso e terno abraço

Torre da Guia 

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