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Cordel-->As parabóica e as borça tão fazeno as muié da zona rurá mudá -- 19/03/2009 - 11:34 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As parabóica e as borça, fêiz as muierada do sertão mudá de vida.
Airam Ribeiro 18/03/200

Cumpadi tutá quinén eu
Curtino u’a solidão?
Tô leno eses veursos seu
E te falo de ante mão
Despois das parabóica
Elas ficô istrambóica
Nun gosta de nóis mais não!

Dana a cistí nuvela
Qui a Grobo vai passano
E nóis fica só na banguéla
E de longi fica ispiano
Despois qué ir pras capitá
Vê as verdade qui tem lá
E nóis os dedo vai xupanu.

Aqui ta iguarzin
O qui tu aí iscreveu
Nóis dois tamo sozin
As vêiz tenho pena deu
Xego da roça na fadiga
Tenho qui fazê cumida
Pois a muié dizapariceu.

Dexô recado no fugão
Iscrito ancim no papé
Aprendi cum a tulevizão
Agora vô cê ôtra muié
Cansei de morá na paióça
E déça vidinha de róça
E de vivê com um tabaré.

As muié das tulevizão
Come do bom e do mió
E eu aqui nêçi sertão
Fazeno pena de da dó
Te dizejo filicidade
Eu tô ino pra cidade
Tentá ranjá ôtro xodó.

Cansei de vê grilo cantá
E de iscuitá caxorro lati
De vê vagalumi alumiá
E de vê as caxorra parí
Vô vivê de borça famia
O guverno é a serventia
É só arranjá muitios fi.

Nun vô vivê de ismola.
Garanto qui nas capitá
Eu boto Zezin na iscola
É mais u’a borça pra ganhá
Lá vô vivê sucegada
Bem longe do cabo da inxada
Qui faiz as mão calejá.

Vô passá creme nas mão
Mini saia eu vô uzá
Agardeço a tulevizão
Qui tudo iço foi min siná
Meus braço ta sem força
Agora vô vivê das borça
Qui o guverno vai mandá.

E foi ancim cumpade
Tudo o qui o biête dizia
Pur cauza da grande cidade
Eu cabei minhas aligria
As borça aqui no sertão
Só ta fazeno judiação
E ta qui cresce as famia!

No dia quéça borça cabá
Vai cê u’a perdição
Cum os fio a aumentá
Sem tê alimentação
Ocêis tão axano é pôco?
Vem por aí mais uns trôco
É o aumento de mais ladrão.

(esse meu cumpadi aí é Pedrinho Goltara)
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