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Cronicas-->A maldição da concupiscência -- 07/10/2003 - 19:27 (Raul Pinto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


CONCUPISCÊNCIA é o desejo intenso de bens e gozos materiais. Apesar de ser um vezo tão antigo quanto o homem, creio que a sua forma mais virulenta aportou aqui alojada na linfa de alguns figurões compulsoriamente indicados para conduzirem nossos destinos. Muitos vieram. Mas dois gostaram da água do Rio Branco e por aqui foram ficando. A princípio, a praga, altamente infecciosa, ficou veladamente adstrita ao miolo do poder. Depois se alastrou. Havia campo fértil para isso: em latência, já estava em uns poucos; em predisposição, em um sem-número. Particularmente, acho que a concupiscência é a raiz e seminário da corrupção. Não há corrupto sem o desejo intenso de bens e gozos materiais.
Há poucos dias, numa rádio local, ouvi uma parlamentar - bonita por sinal -, travestida de cabotino, tecer bolodórios sobre o presente governo do Estado. Pegando carona na atual onda denunciatória - que teve o seu ápice na matéria (paga - afirmaram alguns expertos) publicada em uma grande revista de circulação nacional -, que grassa no seio da sociedade roraimense, cujos fatos falam por si sós, mas que se pretende, numa evidente e sub-reptícia manobra política, colocar na pocilga da velhacaria quem não têm relação com aqueles, exceto de lhe herdar o deletério espólio. Ao tempo em que deitava loas a seu impoluto pai, como se aqui fosse terra de hebetados e asnos, afirmando, enfática, que, estivesse instituída a reeleição, na época da governação do seu ilustre genitor, Roraima seria um verdadeiro eldorado etc. e tal. A respeito de dois mandatos, a bem da verdade, é bom que se diga o seguinte: ao contrário do que afirmou a disciplinada filha, o pai teve tempo e poder sim, e mais do que o suficiente, para nos reinar - reinar mesmo -: num primeiro momento, com o desastrado desgoverno que soçobrou precocemente: sua defenestração é de saber de muitos, inclusive da filha; num segundo momento, infelizmente, conseguindo chegar ao seu final, a despeito de alguns escàndalos, como o da Cobal, de cuja sentença judicial isentou-se, por inimputabilidade da idade avançada. O certo é que o seu reinado perfez quase oito anos, e não se viu o eldorado propalado pela filha parlamentar; muito pelo contrário, o nosso sofrido Território/Estado, em vez de crescer, experimentou uma fase de exacerbado autoritarismo, que, segundo afirmou Jean-François Ravel, é um campo fértil para a corrupção, a qual é um obstáculo para o desenvolvimento, visto que aquela cresce na razão inversa da democracia.
Ali naquela emissora, trincheira do inimputável pai da deputada, fica agora o "bem-intencionado" rádio-repórter pregando o caos e incitando a sofrida população desse Estado a se rebelar contra as medidas prementes e moralizadoras que esse governo teve coragem para planejar e pór a termo, indo de encontro a interesses escusos de uma minoria - que se julga dona desse "Latifúndio", herdado, que sabe, da Coroa Lusitana, ou da Rainha da Inglaterra -, a qual, ao longo dos últimos anos, foi única e real beneficiária dos recursos públicos, em detrimento da grande maioria dos excluídos e sem direitos.
Agora estão aí. As raposas e apaniguados estão a ranger os dentes. Mas, como disse um eminente pensador: "Quem tem uma vontade definida, é forte; quem tem uma vocação definida, é invencível!"

Tinha que ser um arigó. Um arigó dos machos!

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