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Erotico-->Decepção -- 11/11/2003 - 15:20 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não foi bem isso. Nem aquilo. Alguma coisa mal feita, mal entendida, que não levasse exatamente a um mau juízo. Uma leve brisa assanhada que passou por tormenta.
Foi um comentário. Um. Poderiam ser vários. Os demais seriam todos elogiosos. Por causa da roupa branca. Ou da preta.
Não tinha importância o fato. Havia importância na voz. Sem políticas e CPI´s. Nada disso. Um livro de história mal consultado. Bem, mal, resultado inferior. Nota também.
Enquanto os políticos articulavam suas obras nas sombras claramente pude vê-la passeando no ambiente.
Não chegava próximo da Insustentável Leveza do Ser. Kundera até inspirou a visão. Ela desfilando nua, apenas com uma bengala e um chapéu coco. Curioso. Não tinha pensado nisso antes.
Um sorriso. Um ventilador ligado, espalhando pelo quarto de apartamento o frescor da primavera de Praga. 1968?
Sei, o espaço foi feito para criticar. Criticar de novo? Nem prenderam os acusados. Roubaram e continuaram livres. Ganharam até medalha de cidadão, coisas banais. Milhões para lá e para cá.
Prefiro pensar no quadro desenhado por Milan Kundera. A fascinante mulher desfilando com chapéu coco. Agora numa camisa social, já que o vento mudou.
Imita o discurso de um ministro. Faz a voz rouca do presidente. Termina numa grande gargalhada tomando um copo de champanhe. Espumante, já que é nacional. Viva o país.
Um livro num canto da sala mostra um poema de Florbela Espanca. Espanca e beija também.
O texto tem a finalidade de dizer o quanto a poetisa ama alguém. Ama enquanto o vento passa e mostra outra folha. Delírios literários.
Toca o telefone. Tem eleição de novo. Quem vai ganhar? Um voto para a mulher que desfila de chapéu coco, lendo poesia e sorvendo espumante. Champanhe é da França.
Ela bebe um produto brasileiro. Espumante. Tem vinho na geladeira também. Suave. Meio amarelo, verde.
O tempo não tem importância para quem acha que errou e quer consertar. Erros e acertos só existem quando se procura. Nem existem de verdade.
Sai o resultado da eleição. Ganhou a mulher de chapéu coco, espumante, vinho, e que agora está diante do espelho, nua. Aboliu a censura na imprensa e nas colunas. Não decepcionou eleitores, tampouco os leitores.
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