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Cronicas-->E por falar ... -- 10/10/2003 - 14:32 (Martha Rocha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para cultivar no "coração" de alguém que acredita que ali mora o sentimento. (@/)



Quero falar em amizade, de tão linda dádiva que Deus nos ensina ser preciso cuidar muito por ser mais frágil, pois falar de amor é mais fácil, mais intenso, e muito mais prazeroso porque o amor vem com força e se instala como uma onda imensa e incontida varrendo em nossas mémorias, domando, tomando conta, levando de roldão como a chuva de verão que assola e limpa.
Irradia o azul, o violeta, vermelho e amarelo criando um caleidoscópio ou uma simples imagem mas ainda assim nos deixa em alerta total.
Nos deixa um róseo sentimento, e fica, alojado na mente (pois por mais que queiram afirmar, não é no coração que o sentimento mora, o coração apenas responde à intensidade da emoção que acomete nossos neurónios... bem isso é assunto pra outra hora).
Mas amizade se conquista e cultiva e se cuida de fazer florescer num doce encanto progressivo, e sutil, perceptível e cheio de nuances e contornos de sonho, nos empurra para o inevitável: de verdades divididas, de razões aceitas, de choros convulsivos, ou de risadas intermináveis, de longos e dolorosos silêncios, ou ainda de silêncios carregados de sensações, de olhares e toques, de abraço amigo e sentido na perda, de um mais louco abraço de felicidade extrema e incontida...
E ainda mais quando tratamos de projetos incompletos onde buscamos nos amigos um tanto de ajuda, um monte de carinho e total cumplicidade.
Não cabe analogias, mas quero comparar o Vento como uma lufada de bons presságios e de muitas coisas boas, como quando ele vem e afasta o calor que nos castiga, ou a brisa suave e fresca que nos faz respirar profundamente e relaxar, assim me parece realmente que o Vento é uma linda forma de nomear ou melhor, de definir uma amizade. Sempre presente quando precisamos de um refresco, ou se precisamos lembrar que tudo pode ser fugaz.
Pois o Vento, também limpa e afasta o ruim, ele empurra as tempestades, deixa o céu claro, límpido e suave nas noites de verão, dissipa as neblinas e nos dá a visibilidade bendita na estrada imensa que precisamos vencer para chegar no destino, deixando tudo claro e perfeito aos nossos olhos. Mas tudo isso ainda nos favorece a receber a energia do universo, sua força cósmica e regeneradora, revitalizadora e purificadora porque não dizer?
Bendito vento que habita nossas vidas e nos faz tão melhor.
Ah, mas o Vento ainda pode dissipar outros fenómenos como a maresia, acalmar ou revolver as ondas e as areias, empurrar para longe os barcos em alto mar, ou um nadador incauto, levantar a saia das meninas que passeiam na calçada da praia, ajudar os cabelos em revolução contra as fitas que os contém.
Sim ele pode, e ainda dissipa os medos da noite quando deixa a lua brilhar e permite ao sol que chegue com força para clarear a escuridão da madrugada num alvorecer suave e tranquilo, sem máculas.
Pois o Vento é dádiva, assim como o amor o é, pois amor é amor e ponto. Não cabe explicação detalhada.
Contudo, eu ainda prefiro a amizade, pois ela é qualquer coisa, pairando assim entre o bem e o mal, porque às vezes somos surpreendidos por erros de escolha, pois amizade é escolha pessoal e individual, é carma, é empatia, é desejo de ter alguém que seja semelhante em quase tudo, ou em nada, mas é uma escolha.
Fico pensando no paradigma que criei e concentro meu pensamento em algo sutil, mas totalmente diferente: o Vento tem a força de empurrar, levar adiante, a neblina tem a força de envolver, encobrir, propiciar cumplicidade. Algumas vezes machucar. |Então como juntar as duas coisas?
Busquei e encontrei a resposta: começar uma amizade entre o vento e a neblina, quem sabe de forma sistemática eles se alternam e conseguem conviver, e provam assim que toda regra tem exceção porque amizade se escolhe, se cultiva, se preserva ou se descarta também, mas é amizade..
Assim, graças ao vento e a neblina toda a regra continuará a ter exceção..
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