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Cordel-->As icunumia qui tem na róça -- 18/05/2009 - 17:44 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As icunumia qui tem na róça
Airam Ribeiro

Nois aqui na roça
Fazemo noça icunumia
Luiz inlétrica na paióça?
A lua é qui alumia.
Os vagalume pra cumpretá
Fica na casa a piscá
Inté no manhecê do dia.

Ceticida pra matá
Os musquito muriçóca
Cum as bosta de boi do currá
Nóis faiz as maçaroca.
Bota fogo sai fumaça
Intão elas sai sem graça
Sem picá dona Maróca.

As mandioca ta no xão
Quereno nóis vai tirá
Ela seuve mermo de pão
E da farinha pra daná.
E faiz provilho pra xuxu
Qui despois se faiz bejú
Pros briguélo se alimentá.

Condo a dô de barriga vem
É u’a dô de fazê dó
O papé igiênico qui tem
Pra limpá o fiofó,
É um monte de mato
Ou u’a toicêra de capim,
Aí nóis damos um trato
Qui o trem fica limpim.

Cêis vê aqui cumpaêro
Nóis fazemo icunumia
Nun perciza de diêro
Pras coiza do dia a dia.
E a noça tulevizão
São as istrelas na iscuridão
Qui lá no céu alumia.

Lenha seca aqui nóis tráis
Para se pudê cuzinhá
Aqui nun se uza o gáiz
É fugão de lenha naturá
Faiz café cum requejão
Freve leite um montão
Sem falá em armoço e jantá.

Nas jinela nun tem grade
E nem nas porta tem não
Aqui nóis temo a liberdade
Ninguém aqui tem patrão
Zecutivo aqui num tem mala
É um papagaio qui fala
Os dizeres do sertão.

Radiola qui num tem
Pra nunciuá a arvorada
No amanhecê mais de cem
Cantares das passarada
Seus zuvido fica a iscuitá
São as musgas naturá
Qui nóis tem sem custá nada.

Tem um buraco no xão
Para quando nóis fô cagá
Dece pela incanação
Para o rio nun sujá
Sei quéla num paguemo!
Mais nóis se preocupemo
Se um dia ela fartá.

Num percupemo cum as taxa
Pra mode num banco pagá
Incorqué grota se axa
Água limpinha naturá
É u’a nascente corredêra
Vem sem ligá tornêra
Nem sem abrí nem fexá.

Nem se perciza de vela
Para a água se firtrá
U’a água iguá aquela
Num izéste em nium lugá
Ela seuve pras cumida
Pois ela num vem poluída
Pois sujêra aqui num há.

Nunguém vai nas farmaça
Pois aqui num tem duente
O mastruiz cum a caxaça
Mata a verme do inucente
Os mato qui tem no xão
É bom pra qurqué congestão
E mioóa logo já sente.


Antonci vivo filiz
Sem diêro eu ajuntá
Tenho a vida qui eu quis
Sem frevuêro percizá
Cum o pôco também se vévi
Aqui ladrão num atrévi
Pruquê nun tem o qui robá.
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