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Cronicas-->A RAZÃO IRMÃ DO AMOR E DA JUSTIÇA -- 17/09/2000 - 20:03 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



A RAZÃO IRMÃ DO AMOR E DA JUSTIÇA



Jan Muá
17 de setembro de 2000


HINO Á RAZÃO

"Razão, irmã do Amor e da Justiça
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre, só a ti submissa.

Por ti é que a poeira movediça
De astros e sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece
E a flor do heroísmo medra e viça.

Por ti, na arena trágica, as nações
Buscam a liberdade entre clarões
E os que olham o futuro e cismam, mudos

Port ti podem sofrer e não se abatem
Mãe de filhos robustos, que combatem
Tendo o seu nome escrito em seus escudos."

ANTERO DE QUENTAL



1. A razão, a justiça e o amor

Nas lições de vida que todos carregamos em nossa experiência não temos dificuldade em entender que as vidas humanas mais harmoniosas são harmoniosas qunaod beneficviam desta simbiose em uma razão soberana consegue harmionjkzar-se em jeito e lealdade às razões de um coração sensível, amante e apaixonado. A justiça distributiva que zela que cada bem siga a voz de seu dono, harmoniza esta união entre razão e emoção. No início da filosofia moderna, no século XVII, com Descartes, vingou a moda racionalista em que se cantava a potência do eu pensante através da fórmula "eu penso logo existo". Esta fórmula foi modernamente revista e tida como exagerada. Dos laboratórios neurológicos norte-americanos, europeus e das nações civilizadas em geral, brotou a equação simples de que Descartes tinha errado em seu racionalismo. António Damasio, chairman de um departamento de neurologia de famosa universidade norte-americana, publicou o livro "O erro de Descartes" em que mostrou que toda a decisão racional pressupõe um trato com o mundo emocional da pessoa. Nas nossas livrarias brasileiras apareceram e aparecem hoje traduções de livros de autoria científica onde se trata do binómio "Inteligência e emoção", ficando claro que as duas são inseparáveis. Assim, quando quisermos tratar e pensar sobre o amor, devemos juntar as duas áreas situadas nos domínios da psiquê humana e torcer para que as duas se entendam sempre que for necessário tomar resoluções drásticas ou definitivas.

2. A razão e a justiça como ordem e medida de todas as coisas

Nos domínios da vida e do coração, a razão e a justiça têm por isso seu mando garantido. Mas não de maneira autoritária e sim de maneira dialógica. A ordem nasce por vezes da própria seleção interior e a medida em que devemos fazer as coisas, também. Quando estamos em apuros, sempre dizemos para nós mesmos: não, não vou agir como antes. Agora vou agir de forma moderada, dentro da compreensão dos fatos e na medida da sensibilidade que sempre é boa conselheira.

3. A razão e o coração

Se a razão é "irmã do Amor e da Justica", como cantou Antero, as relações entre o coração e a razão devem ser essencioalmente fraternais, a serviço da mesma pessoa que responde pelas duas áreas da intimidade psíquica.
O coração sempre implorará...o coração sempre tenderá caminhar para onde o arrastam seus delírios...o coração sempre cegará...o coração sempre ignorará a censura...Ele só conhece a voz da emoção e a emoção que é sensibilidade pura...que muitas vezes é nervos puros...que outras vezes é sangue puro...
O coração quer e quer porque quer...o coração quer ir em frente...O coração não tem lei...tem tendência, entusiasmo, vontade...desejo... E porque está sempre pertinho da razão, a razão, que o acompanha, sempre tentará ajudá-lo ou defendê-lo... mas ele "entende" pouco, é burrinho e segue acreditando apenas em si próprio...
Pascal estava certo quando escreveu:
"O coração tem razões que a razão desconhece"... Sim, todos nós entendemos isso. São dois domínios distintos mas unitários, ambos de interesse pessoal.
Sim. O coração tem razões que a razão desconhece... Mas a razão também tem razões que o coração desconhece. Por isso mesmo, a pessoa, em sua unidade existencial, tem razões que a razão e o coração devem conhecer, e que é de conveniência seguir para que ninguém se machuque e para que a vida não se destrua ou definhe, e a pessoa humana continue confiante em suas supremas manifestações de vida, sejam elas quais forem...

4. A razão e a liberdade

Sendo assim constituída a teia da vida dos humanos, parece bem provável que o grande e único problema é o de cada pessoa tentar ser livre... sem deixar de ouvir as vozes de seu coração e as vozes de sua razão...Livre com carinho por si mesma...livre com responsabilidade...se conhecendo...para poder caminhar sem se auto-destruir...
com a mínima taxa de sofrimento...

5. Amor, sofrimento e segurança

Se a razão pode contribuir para equilibrar tanto as emoções quanto a caminhada do coração, a razão se transformará numa garantia de segurança para a vida emocional das pessoas. Entre liberdade e necessidade de ação, entre a sombra do presente e a sombra do futuro, as pessoas amantes que robustecem seu amor com a razão,conseguirão na hora do sofrimento segurar a barra sem se abaterem. A razão lhes aparecerá como escudo de defesa e o coração como baluarte de liberdade...


Jan Muá
17 de setembro de 2000
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