Dimensões que eu desconheço
Paradigma nenhum
Das certezas que eu padeço
Que, ao que sei, nos são comuns
Essa ausência em precedentes
Essa urgência que é medonha
Eu, no seu ranger de dentes
E você, na minha insônia
Que abrem portas e gavetas
Que procuram solução
Pra distância e pras arestas
Da nossa lapidação
Feito ourives ou poetas
Jóia rara em nossas mãos
Gema bruta e gigantesca
Garimpada na vazão
Do que inunda corpo e alma
Tira a calma,
O senso...
O chão. |