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Artigos-->E Agora??? -- 25/08/2002 - 18:47 (Valdir Antonelli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É impossível não falarmos de economia, mesmo que este espaço seja sobre música ainda mais que na semana que passou foi divulgado pela produção do Free Jazz que o evento não iria mais acontecer. Isso porque a edição deste ano do Free Jazz já seria a ultima, graças a uma nova lei que proíbe que marcas de cigarro patrocinem eventos culturais. O algoz, a alta do dólar. Outra vitima do dólar nas alturas possivelmente será o Rock In Rio, Roberto Medina já afirmou que dificilmente trará atrações estrangeiras para o festival, e que também não será mais em janeiro, como era a previsão. Só que o Rock in Rio sem bandas de fora, não pode ser chamado de Rock in Rio, seria um tremendo fiasco.





Não sendo pessimista, se fosse só estes dois os eventos cancelados, estava bom, mas já sabemos que vários outros shows foram cancelados. O Kaiser Music, que chegou falando que ia dominar a cena musical no ano, já foi colocada em segundo plano. Dos grandes nomes prometidos só vieram o Kansas e Roger Waters, o primeiro para um único show em um rodeio, e o segundo para apresentações a preços exorbitantes. Os demais nomes, como Pearl Jam, Lenny Kravitz e até mesmo o U2, vão ficar para os nossos sonhos.





Até apresentações tidas como garantidas, como são os shows de heavy metal, terão que ser cortadas, pelo menos é o que diz a direção do Via Funchal, casa de São Paulo que costuma trazer estas bandas. Ou seja a coisa esta pra lá de feia para nós, amantes da música.





Poucos foram os empresários que manteram seus projetos, graças a isso teremos um segundo semestre bem fraco. Até agora bandas do segundo time do pop/rock mundial se apresentaram por aqui, e não existe luz no fim do túnel, que mostre que algo irá mudar até o fim do ano... Para vocês terem uma idéia do que eu estou dizendo, neste semestre se apresentaram por aqui o Concrete Blonde, que estava parada a nove anos, o A-ha, que apesar de eu gostar, não pode ser chamado de primeiro time. O Nightwish, banda de heavy "gótico" também tocou por aqui, além do Blind Guardian. Pra frente, confirmados apenas as apresentações do Focus e uma surpresa, Red Hot Chilli Peppers, tirando isso, mais nada. Se você esperava pelo Rush, na resenha do Vapor Trails, eu havia dito que havia chance de eles tocarem por aqui. Esqueça





É triste ver que até a cultura sofre com os desmandos em nossa economia, mas quero deixar claro aqui que não estou criticando o governo ou defendendo algum candidato, ainda mais que nenhum deles apresentou um projeto decente sobre o assunto. Mas apenas lamento que em um país tão carente quanto o nosso, não podemos nem pensar em nos divertir, afinal não qualquer pessoa que possa pagar os preços cobrados pelas casas de shows por um ingresso.





Por outro lado, vemos um governo, como o do Distrito Federal, dando dinheiro para igrejas evangélicas realizarem atos públicos. Ao que me consta, o Brasil é um país laico, onde religião e governo não se misturam, então gostaria que me explicassem como um projeto de lei passa e obriga um governo a ceder uma parcela de seu orçamento para a cultura para uma igreja. Ainda mais que o ato ao qual o dinheiro foi destinado, nada tinha de cultural?





Se não bastasse isso temos a falta de profissionalismo de empresários, como também ocorreu em Brasília, onde o produtor local, responsável pelo show do Blind Guardian, não cumpriu com os compromissos pré acertados com a banda, e por isso o show que ocorreria na capital federal foi cancelado. Esta irresponsabilidade, infelizmente não é um caso isolado. Na última vinda do Mission ao Brasil, no início do ano, a apresentação do Rio também foi cancelada, porque o empresário carioca esqueceu de agendar a casa onde o show iria ocorrer.





Fica claro que o Brasil caiu fora das rotas das grandes turnês, não só de música pop, mas de outros eventos também, não apenas pela alta do dólar, da recessão Argentina, ou problemas eleitorais. Caiu também, devido a irresponsabilidade de nossos empresários, que, devido ao seu amadorismo, coloca país em uma péssima situação com os empresários estrangeiros. Isso aliado à falta de apoio real do governo à cultura, nos deixa em uma situação onde só nos resta sentar e chorar.

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