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Cartas-->Mãe -- 01/06/2003 - 00:59 (Maria Agostinha Rebelo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mãe
Tu que em teu ventre
Durante nove meses abrigaste
Este ser que te ama
Mãe
Tu que muitas noites
Passaste sem dormir
Chorando lágrimas de dor
Por vezes de sangue
Pelo pequeno bébé
Meio hirto em teus braços
Mãe
Tu que me ensinastes
As primeiras palavras
Os primeiros passos
Tu sempre amparando - me
Para que não caísse
Mãe
Ainda lembro as tuas lágrimas
Naquele dia que nos separamos
Pela primeira vez
Aquele dia que pela primeira
Vez fui a escola com a minha
Batinha branca
Mãe
Como lembro aqueles conselhos
Que tu davas e eu não prestava atenção
Hoje sinto - me triste
Por não ter - te feito caso
Como tinha desfrutado
Mais a minha juventude
Mãe
Tu que mais uma vez choraste
No dia da minha partida
Naquele aeroporto de um dia cinzento
Dizendo adeus naquela varanda
Ao ser que criaste com teu amor, suor e dor
Sem saber quando outra vez o abraçarias
Mãe
Anos foram passando
Amando - te e recordando - te
Em cada rua que passasse
Em cada mãe que via com seu bébé em braços
Como eu queria nesses momentos
Poder correr a teus braços
Abraçar-te bem apertado
Dizer quanto te amava
Mãe
Não existe ser mais nobre
Não existe ser mais lindo e amoroso que tu
Mãe querida tu que me deste vida
Tu que me deste amor
Tu que foste e sempre serás
O ser mais importante da minha existência
Hoje agradeço tudo o que me deste
Fizeste de mim um ser humano
Cheio de amor
Compaixão
Humanidade
Mãe
Nestas palavras quero deixar - te tributo
A ti e a todas as mães
Sejam elas Alice, Rosa
Ou simplesmente Maria
Que hoje e sempre nós
Os filhos possamos agradecer
Este ser tão importante como és tu
Mãe querida



Agostinha
5-31-2003
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