Nas rugas da pele, passa o tempo. O que vi? Nada! Passou pela janela sem pressa, nem vi passar...
No caminho, há vincos transponiveis, passei? Eu vivo?
Beleza não há!
Manchas e mágoas visíveis e outras no que dizem, não importa! Eu vivo...
Cicatrizes que esticam!
A alma, enaltece a obra da medicina, divina?
Pode ser, não duvido...
Cabelos em desalinho, bocas pintadas, roupas passadas renovam as estações, emoções?
Beleza evidente, passagem em frente, magras carentes, emergentes!
Lá fora o vento uivando em minh’alma,
A retina espelhando gotículas das lágrimas guardadas e não choradas, num porre de vinho com uísque, estou grogue, um chato?
No ar as canções que falam e matam...
Infaustos dias, que passaram como as nuvens perdidas no espaço,
eu vivi no espaço dos teus braços, seguindo nos passos dos breves momentos do teu tempo, que passou.; e não vi passar...
Preso as correntes ilusórias do amor, foi bom? Pena que passou e só nodoas de dores, deixou... Mas tudo passa, tudo passará, menos a nostalgia que vem dali, daqui, e não passa de ti, que um dia se foi e de saudade me prendeu, e sem esperar o tempo, que tempo?
Nem vi passar...sumiu!
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