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Cordel-->NESSA VIDA QUEM PEGA O BONDE ERRADO VAI PARAR NA ESTAÇÃO -- 17/08/2009 - 20:09 (HENRIQUE CESAR PINHEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Isabella, propôs uma peleja
De Heliodoro Morais com o Henrique.
Pra enfrentar Heliodoro falta pique.
Porque no cordel ele jamais fraqueja
E eu ia entregar-me de bandeja
Porque pra duelar com esse fulano
No cordel tem que ser um bom decano
No repente já seja acostumado.
Nessa vida quem pega o bonde errado
Vai parar na estação do desengano.

Nesta vida enfrenta-se o Satanás
Senador, deputado e presidente
Mas não quero ter Morais pela frente
No cordel é um mestre bom demais
E não é feio perder pra este ás.
Isabella, se aceito entro num cano
Vou apanhar tal jumento de cigano
Como já sou um gato escaldado,
Nessa vida quem pega o bonde errado
Vai parar na estação do desengano.

Eu prefiro daqui do meu lugar
Sem expor muito meu conhecimento
De vez em quando dando um incremento
De Heliodoro cordéis apreciar
Pra não ter muito que me arriscar.
Fica feio pro meus quase sessenta anos
Me meter num desafio tão insano
E com o espinhaço sair assado
Nessa vida quem pega o bonde errado
Vai parar na estação do desengano.

Eu até já enfrentei dissabores.
Entretanto, não foi desse quiilate.
Isso não é desafio, é disparate
Nas mãos dele eu vou sofrer horrores
Depois terei que morar de favores.
Numa dessa só entro por engano
Porque depois de sofrer muitos danos
Ninguém quer um poeta tão arrasado
Nessa vida quem pega o bonde errado
Vai parar na estação do desengano.

Isso não significa seja medo
O herói é quem não pôde correr
Também da vida faz parte perder
Mas não quero servir de samba enredo
E nem quero que me apontem o dedo
E que digam aquele é o fulano
Que aqui muito apanhou há um ano
Tudo que eu fizer ser questionado
Nessa vida quem pega o bonde errado
Vai parar na estação do desengano.

Aqui temos que encarar desafios
É a vida uma luta sem trégua
Não importa se na baixa da égua.
Mas que leva anos e anos a fio.
Porém, muitos vivem só a ver navio,
Um não tem condição outro sem plano,
Assim vai-se vivendo o cotidiano
Em apuro ou mesmo sossegado
Nessa vida quem pega o bonde errado
Vai parar na estação do desengano.

No Brasil, ontem foi a revolução.
Depois veio o tal do Color de Melo.
Itamar foi quem quebrou esse elo.
O Fernando também meteu a mão.
No do Lula se criou o mensalão
O dinheiro do povo foi sugado
Até dentro de cueca foi afanado
Ontem Câmara e hoje o Senado
Nessa vida quem pega o bonde errado
Vai parar na estação do desengano.

MOTE: HELIODORO MORAIS.
GLOSA: HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
FORTALEZA, AGOSTO/2009.
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