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cronicas-->Autobiografia -- 25/10/2003 - 04:30 (Tiago Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quando aprendi realmente que era gente, que aquilo que eu fazia ou deixava de fazer refletia nas coisas e pessoas que sempre me sitiaram, resolvi escrever. Escrevi por amar, por odiar, por ter sono, por ter fome, por ter vontades, desejos, luxúrias e paixões. Escrevi por sempre sentir. Escrevi também por tentar nominar cada um destes sentimentos, que na minha comedida opinião, não podem ser nominados. Quando sinto, acontece uma única vez. Um beijos não será como outro de tempos atrás. Um tapa nunca é dado ou recebido com mesma intensidade e motivo hoje como foi o tapa de ontem. Uma perda, uma desilusão, um afeto ou desafeto, um carinho. Tudo nos faz sentir, mas de maneiras diferentes, como são diferentes os momentos. O que nos faz nominar isso tudo ? Será semelhança entre os sensações ou mesmo necessidade de dar nome às emoções.
Minha infància foi regada de sensações. Ao levar uma bronca do meu pai quaundo menino, gritava que tinha raiva e não gostava mais dele. Hoje vejo isso como birra de criança e amanhã isso pode ter outro nome, que não me meto a tentar adivinhar. Se pessoas, objetos, animais, plantas e até parte da natureza que não se comunica nem respira - natureza morta - tem nome, qual o motivo de sentimentos, que nos são tão íntimos, serem inomináveis? Os homens têm necessidade de nominar a intimidade.
Tenho certa dificuldade de falar da minha vida, que teve um período de apenas duas décadas. São tão poucas as experiências que tenho que imaginar aquilo que não vivenciei e passar para o papel. Não tenho conhecimento suficiente para falar de quem sou. Hora instigante, hora preguiçoso. As vezes calmo, de vez em quando, explosivo. Eu não sou o Tiago, nem sou outra pessoa. Mas também não sou um meio termo entre as coisas que ouço ou deixo de ouvir, faço ou falo. Tenho minhas opiniões, meus medos, minhas convicções e minhas paranóias. Como todas as pessoas. Então, sou um ponto de intermédio entre eu e os outros. Mudando continuamente a cada segundo. Envelhecendo e me tornando novo, involuntariamente. Por isso, uma biografia de quem sou se torna algo fajuto, pois eu não sou, estou sempre em busca do meu novo Eu.
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